terça-feira, setembro 16, 2008

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Outras epifanias, agora em
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quarta-feira, janeiro 24, 2007

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Quando o sol de cada manhã é sempre o mesmo

Quem vê Dave Spritz (Nicolas Cage) como homem do tempo pode supor que a vida dele está entre as melhores. O sorriso de orelha a orelha. O olhar descansado de quem trabalha apenas duas horas por dia. O gordo salário. A fama. A lista de privilégios sonhada por todas pessoas é desfrutada por Spritz. Contudo, ele não é feliz.
Sua família não vai nada bem. Divorciado da mulher, Spritz não consegue construir um diálogo plausível com ninguém. Movido por uma inércia perturbardora, assiste com ações nada normais o desmoronamento das relações com quem mais ama.


Após um verdadeiro chacoalhão do pai, o apresentador da previsão do tempo percebe o abismo em que está entrando. Mas, acostumado a ter tudo pronto no teleprompter, ao invés de criar ou buscar as próprias soluções para os conflitos que vive, apenas copia as fórmulas pensadas por outros. Terapia coletiva com a mulher. Cursos de arco e flecha para aproximar-se da filha. Reuniões da empresa para retormar os laços com a família. Segue a risca um roteiro pré estabelecido pelo senso comum


Como muitos de nós, as vezes mesmo em medidas homeopáticas, Spritz é fruto de uma sociedade que preza pelo enlatado, pelo fast food. Uma sociedade que, como instrumento de controle, fabrica pensamentos prontos, fáceis de ser consumidos:



Peça o número 3. Sua fome será saciada. Siga os 7 passos para o sucesso. Serás bem sucedido. Compre na esquina mais próxima o manual de sobrevivência. Você vai viver.



Acostumadas a buscar as soluções nas prateleiras, a humanidade pisoteia sua criatividade. E, nesta esteira, passa a levar a vida mediocremente. Sem alternativas, assume o discurso das entrelinhas do sistema:


Não pense.


Não seja você.


Seja apenas mais um produto feito em série.


É incômodo assistir as posturas de Spritz. Mas, desse incomodo é importante que a indagação fique - o quanto será que temos dele dentro de nós?



quarta-feira, outubro 04, 2006

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UNITED
Foi um sábado (23/09) desses em que não voltei para americana. O molho de tomate sujou minha blusa branca. E a fila estava enorme. Mas, as músicas gargalhavam em nossos lábios e corpo. E o quase dia na fila ficou divertido. (e como!)
O tempo fechou, e a chuva decidiu comparecer ao show também. Gelada e Torrencialmente. Contudo, a geração que canta por causa da misericórdia Dele decidiu intervir com seu clamor. E a chuva teve que (em cerca de dez minutos) sair pela porta dos fundos. Regozijo.
O gramado molhado. As pernas latejando. Verdadeiros muros humanos ao meu redor. E as luzes do palco como únicos objetos visíveis. Mas, novamente a música gargalhava nos lábios, braços, pernas, que apesar de doloridas não resistiram ao ritmo da gratidão.
Cópias em punho.We stand na garganta. Os muros humanos juntaram-se ao som da nossa voz. Grito de guerra da bel ecoado no estádio. "ão ão .....bota o telão"
De repente, meus pés se desligaram do chão.Alçada sobre a multidão, avistei o mundo e o palco. Alguns segundos, maior que todos. (pois é, as roomies são legais)
Aí, parte da Família que vive na terra dos cangurus, do outro lado do mundo, colocaram guitarras, baterias, corpo, voz e multidão pra louvar. Rompendo muros humanos, migramos para a frente. Palco na retina. Música nos poros. Pés e corações palpitavam harmonicamente. Uma chuva mais discreta escorria nos dedos levantados em sinal de entrega. Gratidão. Certeza de que não há ninguém como Ele. E as coisas dentro de todos nós, gargalhavam.

Quando a música esmorece E o resto desaparece
Simplesmente a Ti me achego Ansiando oferecer algo de valor Pra abençoar Teu coração

Mais que uma canção eu Te darei
Pois apenas uma canção não é o que queres de mim
Mais profundo busca Senhor Do que os olhos podem ver

queres meu coração
Estou voltando a essência da adoração E a essência és Tu, a essência és Tu Jesus Oh me perdoa pelo que eu fiz dela
Quando a essência és Tu

Jesus Rei de imensurável valor, ninguém pode expressar O quanto És digno Embora eu seja pobre e fraco

tudo que tenho é Teu Cada fôlego meu

quarta-feira, setembro 13, 2006

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Tia: Gu, quantos anos Deus tem?
Gu: Deus? Hmmmmm.(olhos baixo e sem graça pela falta de resposta na ponta da língua) Olha, tia, Deus eu não sei não. Mas, Jesus tem 2006 anos!
***
Talita: Gu, vc sabe o que é a Páscoa?
Gu (enfático): É a ressurreição de Cristo!!!
Talita (outra tentantiva): Ah, mas vc sabe que para os judeus a Páscoa é diferente?
Gu: Sei sim. É que eles não acreditam que o Jesus que veio é o Jesus de verdade. Tanto que o calendário deles tá no ano 5 mil e pouco.
(Pois é...)
***
Tayza: Sabe Talita, ás vezes eu fico pensando - se a gente ficar bem quietinho assim de madrugada, e confiar, a gente ouve Deus falar!
***
Tem coisa mais incrivel do que criança?

TAysa em São Paulo. Gu em Americana. 8 e 9 anos respectivamente. Inteligência e graciosidade do tamanho do mundo que me fazem rir e acreditar que o futuro conta com boas mãos.

quarta-feira, agosto 30, 2006

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A delicada música embala. O frio aquece. Quando dei por mim estava assim. Sem tempestades. Sem ventanias. Sem furacões em copos de papel.
Antes. Tomada pela Paz. Embriagada pelo Amor. Pois descobri o sentido de mim em Você. Descobri em Você o meu rumo. O meu norte. A minha Paz. O meu Amor.
Há tempos andava assim. Correndo de um lado para outro. Freneticamente. Por vezes, na contramão. Sem ter para onde ir. Corria.
Ah. Mas, aí. Aí, Você apareceu. E, me envolveu preencheu completou norteou.
Tomada pela Paz. Embriagada pelo Amor. Eu vou. Sigo. Ando. Canto. Vivo.
Tudo faz sentido. As notas. Os compassos. As folhas.
Tudo expressa a Sua essência. Tudo aponta que sou foco do Seu amor.
E eu ando. E eu vivo. E eu sou. Tomada pela paz. Embriagada pelo Amor. A delicada música embala. O frio aquece. E, em Você, eu vivo.
***
Só queria ser mais profunda. Queria deixar que em meus dedos escorresse aquilo que dança aqui dentro. Aquilo que me inunda de tal forma, que...
***
Trust in the Lord with all your heart Lean not on your own understanding In all of your ways acknowledge Him And He will make your paths straight Don't worry about about tomorrow He's got it under control Just trust in the Lord with all of your heart And He will carry you through Lord, sometimes it gets so tough To keep my eyes on You When things are going rough But then I turn my eyes up to the sky And I hear Your voice it says to me You have much trouble in this world I have overcome
Trust - Sixpence None the Richer - The Best Of Sixpence None the Richer

sábado, agosto 26, 2006

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Sem sentido
- é isto que isso aqui está virando.
Desde quinta, quando o tédio de escrever um "release-inho" qualquer inundou minhas pálpebras e dedos, tornei a este espaço. E, tornei a banalizar meu relacionamento com as palavras.
As coisas já não estão mais fazendo sentido neste blog. Tudo está tão superficial. E, ao invés de eu. O que encontro aqui, é um euzinho meio bobo. Que se satisfaz com palavras desprovidas de mágica.
Perdi. Minha leveza. Meu carinho com as palavras. Aquele olhar sonhador com o mundo.
Enchi minha cabeça de simbolos. De formalismos. De criticidades. Me envolvi demais com a realidade. E, me esqueci da bonita realidade que povoa mentes e corações, e que nos leva a contemplar horizontes melhores.
Virei uma perfeita maquininha de fazer textos. Mortos. Sem mágica. Sem doçura. Textos desprovidos da matéria etérea dos sonhos.
Perdi o encantamento com que uma criança olha para a roda gigante colorida lá longe a dançar com o cair da noite. Perdi o encantamento da pessoa que fica descalça na grama só a pensar nas nuvens. Perdi o encantamento da pessoa que olha pro espelho e se admira com a luz. Perdi o encatamento da pessoa que olha para as palavras e vê a beleza do mundo...Perdi.

sexta-feira, agosto 25, 2006

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As vezes a gente cansa de esperar. O futuro nos espera. Mas, esperar por ele...Dá uma preguiça.
Estou com preguiça do futuro. Tá. Isso não é comum na minha rotina. Mas, hoje...
É que eu queria saber, sabe?
O que vou ser quando crescer?
Continuarei usando casaquinhos-moletom-com-capuz-azul-bebê que esquenta bastante? E, blusinhas-basiquinhas-de-malha-brancas que dão frio? (Tá bom que essa dupla hoje está me irritando - póe casaco.calor.tira. frio - que coisa!)
Darei tanta risada? Ou esboçarei sorrisinhos corteses de miss?
Andarei descalça? Sonharei ir de havaianas para o trabalho (poxa, essa seria uma boa ideia)? OU andarei de scarpan pra lá e pra cá?
Ouvirei só música clássica? nada de rock?
terei uma alimentação mais saudável? Nada de trakinas, pimenta e halls preto?
Assistirei só o discovery channel? Nada de glub glub?
Lerei mais jornais - quem sabe os aocnselhados três - ?
No trabalho, apenas me dedicarei aos artigos/matérias/sei lá mais o que e nada de divagações para blogs?

Quem "serei" eu quando crescer???

quinta-feira, agosto 24, 2006

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Breve susto. A senha, antes tão fácil nas pontas dos dedos, parecia ter voado com o tempo. Um leve frio na barriga. E.
Pois é. Isso que dá. Longos dias longe desta página. Longos dias sem ao menos checar comentarios, rascunhos. Longos felizes dias.
Quero ser escritora. Acho que isso todos vocês sabem. (Vocês? Falo eu como se estivesse diante de uma platéia. Santa ingenuidade.)
Mas, quero ser escritora. Um dia. Quem sabe.
Quem sabe um dia o texto jornalístico com lead, aspas e imparcialidade, vire apenas uma pequena parte de mim, e aquele outro texto belo, sorridente, singelo, vire o eu. Ou a parte toda de mim.
Texto confuso, não?
Eu sei. Um turbilhão se processa frenetivamente sob este vasto couro cabeludo. As palavras vêm. E, estes meus dedos sem esmalte (a falta de tempo, ou preguiça, para fazer unha é terrivel) não têm outra alternativa a não ser escrever, escrever....compulsivamente. Escravos!
Meus dedos são escravos dos meus pensamentos. São merinha massa de manobra.
Escravos? Massa de manobra? meu, o que este texto está virando?

sexta-feira, junho 23, 2006

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O tempo passou.
A realidade continua, ora feliz, ora mais ou menos. Ora assustadora, ora surpreendente.
E os olhos. Ardem. E o cursor do mouse. Pisca. E as idéias. Dormem. E o semestre. Termina.
E, isso implica. Cansaço. E isso demanda.Sono. E isso resulta. Fome. E isso determina. Nó.
Nó. Na cabeça. No estomago. No sorriso. Nó.

Toda felicidade maior deve ser paga.
Todo inicio de férias, antes tem um doloroso fim de semestre.
É. A vida.

quarta-feira, abril 26, 2006

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A vida passa. Os sonhos vêm. A realidade alegra. A realidade assusta. E, o vento me leva para onde ele quer.
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A tela pisca. A música embala pensamentos e pé. A criticidade deve ser expurgada. Uma coisa é a vida academica, outra é a realidade. Umacoisa é a utopia, outra são os interesse escusos que grassam na sociedade. Vida. Vida.
Os fins justificam os meios ou os meios justificam os fins?
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Em tempos de crises políticas, como a que assolou o País no ano passado, o discurso falacioso de que “todo político é ladrão” envolve mentes e corações. O povo sentindo-se enganado e desamparado, perde, paulatinamente, o interesse por discussões políticas. Parece que em um País tão desigual, os ganhos da democracia apenas são delegados a umas poucas cabeças poderosas. A esperança de um Brasil melhor se esvai.

De fato, as origens da política remetem aos interesse de algumas classes específicas. Suas raízes na Grécia Antiga apontam principalmente para a preocupação de administrar as cidades-estados, sendo a maneira de cuidar do bem público modelada segundo as visões de mundo de cada sociedade.

Em Esparta, uma das mais poderosas cidades gregas, a ênfase recaía sobre os aspectos militares. Formar bons soldados era a principal meta dos governos. Apesar das mulheres não serem marginalizadas, deficientes físicos eram destinados á morte.

Já em Atenas o enfoque era uma administração que buscasse contemplar outras dimensões do índividuo, como a arte, a música, a literatura dentre outros aspectos. Entretanto, apesar de berço da democracia, nesta cidade-estado apenas homens nascidos em Atenas, e filhos de pais atenienses alcançavam o título de cidadãos. Mulheres, estrangeiros, escravos dentre outros, ficavam de fora deste “governo de muitos”.

Nos dias de hoje, entendemos democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade") como uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos. É conisderada o "governo da maioria", contudo, sem oprimir a minoria.

Dada a complexidade das sociedades nos países democráticos, é comum o exercício da democracia por meio de um sistema indireto ou representativo. Os cidadãos elegem representantes, cuja participação nas diversas instituições governamentais garantem a defesa de seus interesses, desde que sejam coerentes com a Declaração dos Direitos Humanos.

Entretanto, é certo que entre a teoria e a prática existe um grande abismo. Não é sempre que os políticos agem a serviço da cidadania, ou balizados pela vontade da maioria. Por ser um sistema humano, a democracia é sujeita a falhas.

Os rumos da democracia são determinados pela forma que os cidadãos encaram esses desvios. Se decidirem desistir, e caírem em um niilismo passivo, talvez de fato este regime esteja fadado á ruína. Contudo, se o povo optar pelas veredas da luta e da reflexão, a construção de um mundo mais justo será mais possível.

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Pensamentos publicados apenas quando já não pertubam mais:

E estou assim. Olhos doendo de tanto sono. Cabeça cheia de tantas responsabilidades. Criatividade aparentemente minada. Planos não muito em real. Vontade de gritar. E pensar. E pensar. E pensar. E sonhar e sonhar e sonhar. E não se importar com patadas. E ser menos neurótica com o caos. E ser menos melodramática. E escrever melhor. E ser melhor jornalista. E ter menos sono. E ser mais responsável. E...